domingo, 20 de junho de 2010

INDIVIDUO UTILITARISTA - Bentham, J

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Os prazeres e as dores constituem os instrumentos com os quais o legislador deve trabalhar. Por este motivo convém que compreenda a força dos mesmos, ou seja, em outros termos, o seu valor.

II - Para uma pessoa considerada em si mesma, o valor de um prazer ou de uma dor, considerado em si mesmo, será maior ou menor, segundo as quatro circunstâncias que seguem:

1. A sua intensidade.

2. A sua duração.

3. A sua certeza ou incerteza.

4. A sua proximidade no tempo ou a sua longinqüidade.

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FONTE: (BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. Tradução de Luiz João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1989.)

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 Individuo Utilitarista

segunda-feira, 14 de junho de 2010

BARTHES, Roland

BARTHES, Roland (1915-1980) Crítico e ensaísta francês, nasceu em Cherbourg. Seu pensamento, inspirado na lingÜística de Saussure, na antropologia estrutural e na psicanálise de Lacan, está voltado para as relações da literatura com o poder. Interrogando-se sobre a especificidade do literário, preocupou-se com a possibilidade de uma linguagem neutra, liberta das falsificações do social. Desenvolveu pesquisas semiológicas, aplicando seus princípios metodológicos a temas tão diversos quanto o discurso sobre a indumentária e os mitos da sociedade contemporânea. Seus trabalhos sobre as condições de uma ciência da literatura fizeram desenvolver a reflexão sobre a linguagem natural e sobre a *semiologia, ou ciência dos signos. Principais obras: O grau zero da escrita (1953), Mitologias (1957), Sobre Racine (1963), Ensaias de semiologia (1965), Crítica e verdade (1966).
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FONTE (JAPIASSÚ, H. Dicionário de Filosofia, Rio de Janeiro: Zahar, 1996, p.26)

RICOUER, Paul

RICOUER, Paul (1913-) O francês (nascido em Valence) Paul Ricoeur, decano honorário da Universidade de Paris X (Nanterre) e presidente do Instituto Internacional de Filosofia, é um dos mais fecundos filósofos de nossa época. Preocupado em atingir e formular uma teoria da interpretação do ser, toma como seu problema próprio o da hermenêutica, vale dizer, o da extração e da interpretação do sentido. Convencido de que todo o pensamento moderno tornou-se interpretação, elabora uma grande simbólica da consciência, que se encontra na raiz mesma de todas as determinações históricas e espirituais do homem. Ao revisar a problemática hermenêutica, passa a entendê-la como a teoria das operações de compreensão em sua relação com a interpretação dos textos. Para ele, é o símbolo que exprime nossa experiência fundamental e nossa situação no ser. É ele que nos reintroduz no estado nascente da linguagem. Por isso, elabora uma filosofia da linguagem capaz de elucidar as múltiplas funções do significado humano. Porque o símbolo nos leva a pensar. E como a hermenêutica visa uma decifração dos comportamentos simbólicos do homem, a um "trabalho de pensamento que consiste em decifrar o sentido oculto no sentido aparente", o pensamento antropológico de Ricoeur leva em conta a contribuição corrosiva da psicanálise freudiana. Ele concebe a filosofia como uma atividade. uma tarefa ao mesmo tempo concreta, temporal e pessoal, muito embora com pretensões à universalidade. Fenomenólogo de formação. Ricoeur traduz para o francês as Idéias diretrizes para uma fenomenologia de Husserl (1952). Em seguida, publica Histoire et vérité (1955). Mas o eixo de sua obra é constituído pela Philosophie de Ia volonté, cujos dois volumes Le volontaire et l'involontaire (1950) e Finitude et culpabilité (1960) constituem a suma de seu pensamento. Em seguida, publica De l'interprétation (1965), trabalho sobre a psicanálise; Le conflit des interprétations (1969), conjunto de ensaios hermenêuticos levando a reflexão filosófica a enfrentar os grandes desafios lançados pelas correntes de pensamento contemporâneas; La métaphore vive (1975), temps et récits (1983), Soi même comme un autre (1990).



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FONTE (JAPIASSÚ, H. Dicionário de Filosofia, Rio de Janeiro: Zahar, 1996, pp.236-237)

FOUCAULT, Michel

FOUCAULT, Michel (1926-1984) Um dos mais influentes pensadores franceses contemporâneos, identificado inicialmente com o estruturalismo - do qual certamente sofreu a influência embora desenvolvendo um pensamento próprio, extremamente criativo e original –, Foucault nasceu em Poitiers e foi professor no Collége de France (1970). Empreendeu uma importante análise epistemológica do surgimento das ciências humanas e de seu papel em nossa cultura, bem como uma crítica à noção tradicional de sujeito. Por outro lado, foi também grande a influência do próprio método de análise do discurso proposto por Foucault. Seu ponto de partida é o conceito de episteme, uma rede de significados – uma "formação discursiva" que caracterizaria uma determinada época nos diversos domínios da sociedade e da cultura: da literatura à ciência, da arte à filosofia. A análise Arqueológica, que realizou, representa um método original em história das idéias, cujas bases são formuladas em sua obra Arqueologia do saber (1969). Essa análise é essencialmente uma análise do discurso, tomado, no entanto, em um sentido prévio a qualquer categorização, procurando estabelecer relações não-tematizadas e examinar com rigor como as categorizações se dão no discurso, como o próprio discurso se constitui. Foucault questiona, em sua obra As palavras e as coisas, uma arqueologia das ciências humanas (1966), a noção de sujeito e a idéia de ciências humanas que dela se origina, tendo ficado célebre sua conclusão de que "o homem é uma invenção que a arqueologia de nosso pensamento mostra claramente a data recente, e talvez também o fim próximo". Mais tarde, inspirando-se em Nietzsche, desenvolveu seu método em outra direção, que chamou de "genealogia", conceito que introduziu em seu Vigiar e punir (1975). A genealogia é essencialmente uma análise histórica de como o poder pode ser considerado explicativo da produção dos saberes. Os discursos são vistos agora a partir das condições políticas que os tornam possíveis. O poder, contudo, deve ser visto aí de uma forma difusa, não se identificando necessariamente com o Estado, mas nas várias instâncias da vida social e cultural, em uma perspectiva que Foucault denominou "microfísica do poder". No primeiro volume de sua última obra, História da sexualidade, desenvolveu sua análise nessa direção. Foucault visitou diversas vezes o Brasil e sua obra teve grande impacto em nosso meio acadêmico e cultural. Além dos já citados, destacam-se ainda os seguintes livros: História da loucura na idade clássica (1961), O nascimento da clínica (1963), A ordem do discurso (1971), História da sexualidade em três volumes: A vontade do saber (1976), O uso dos prazeres (1984) e O cuidado de si (1984).



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FONTE (JAPIASSÚ, H. Dicionário de Filosofia, Rio de Janeiro: Zahar, 1996, pp.110-111)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

CONFISSOES (Santo Agostinho)

CAPÍTULO I
Louvor e Invocação

És grande, Senhor e infinitamente digno de ser louvado; grande é teu poder, e incomensurável tua sabedoria. E o homem, pequena parte de tua criação quer louvar-te, e precisamente o homem que, revestido de sua mortalidade, traz em si o testemunho do pecado e a prova de que resistes aos soberbos. Todavia, o homem, partícula de tua criação, deseja louvar-te.

Tu mesmo que incitas ao deleite no teu louvor, porque nos fizeste para ti, e nosso coração está inquieto enquanto não encontrar em ti descanso. Concede, Senhor, que eu bem saiba se é mais importante invocar-te e louvar-te, ou se devo antes conhecer-te, para depois te invocar. Mas alguém te invocará antes de te conhecer?

Porque, te ignorando, facilmente estará em perigo de invocar outrem. Porque, porventura, deves antes ser invocado para depois ser conhecido? Mas como invocarão aquele em que não crêem? Ou como haverão de crer que alguém lhos pregue? Com certeza, louvarão ao Senhor os que o buscam, porque os que o buscam o encontram e os que o encontram hão de louvá-lo.

Que eu, Senhor, te procure invocando-te, e te invoque crendo em ti, pois me pregaram teu nome. invoca-te, Senhor, a fé que tu me deste, a fé que me inspiraste pela humanidade de teu Filho e o ministério de teu pregador.
 
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FONTE (SANTO AGOSTINHO. Confissões. - Digitação: Lucia Maria Csernik. 2007)
 
 
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Confissões - Santo Agostinho

LIVRO: O QUE E SOCIOLOGIA

INTRODUÇÃO


A sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório. Para alguns ela representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes, para outros ela é a expressão teórica dos movimentos revolucionários. A sua posição é notavelmente contraditória. De um lado, foi proscrita de inúmeros centros de ensino. Foi fustigada, em passado recente, nas universidades brasileiras, congelada pelos governos militares argentino, chileno e outros do gênero. Em 1968, os coronéis gregos acusavam-na de ser disfarce do marxismo e teoria da revolução. Enquanto isso, os estudantes de Paris escreviam nos muros da Sorbone que "não teríamos mais problemas quando o último sociólogo fosse estrangulado com as tripas do último burocrata".

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sábado, 5 de junho de 2010

LOGICA - Logica simbolica

A Lógica simbólica, ou lógica matemática, ao contrário das outras duas apresentadas (silogismo e de conjuntos), substitui a palavra por ideia. Ora, ideias são entes artificiais, de razão, e por isso mesmo, a lógica simbólica em vez de se fixar em termos e palavras, faz uso de símbolos, que substituem plenamente qualquer proposição, conferindo-lhe valores de verdade (verdadeiro ou falso).


ARANHA e MARTINS (2004) abrem o capítulo sobre Lógica simbólica lembrando que "na longa tradição herdada desde Aristóteles, muitos dos problemas enfrentados pelos lógicos decorrem de que as línguas se prestam a ambiguidades, equívocos, falta de clareza, além de deixarem prevalecer conotações emocionais que perturbam o raciocínio. Daí a importância da criação de uma lógica simbólica em uma linguagem artificial" (Introdução à Filosofia, p. 110).

Usando de cinco casos, a lógica simbólica faz a verificação dos enunciados através da simbologia em cinco casos.

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Logica simbolica

sexta-feira, 4 de junho de 2010

LOGICA - Logica dos conjuntos

Para a Lógica dos Conjuntos, deve-se usar das mesmas ideias contidas naquelas regras do Silogismo aristotélico, ou seja, a regra para os conjuntos serve muito bem para o silogismo perfeito de Aristóteles.

Quantitativamente, o que se afirma de um todo, afirma-se também da parte deste todo. De outro modo, não se pode tirar de um todo o que não está contido neste todo. Dessa forma, o que se conclui é deduzido de uma das proposições.

Euler (1707-1783, matemático russo), em suas "cartas a uma princesa da Alemanha" expôs um método muito interessantes, representando por círculos os três termos do silogismo. Com esses círculo, que formam 36 figuras, examinou todas as as espécies de silogismo.

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terça-feira, 1 de junho de 2010

ANTICRISTO (Nietzsche)

Prefácio

Este livro pertence aos homens mais raros. Talvez nenhum deles sequer esteja vivo. É possível que se encontrem entre aqueles que compreendem o meu “Zaratustra”: como eu poderia misturar−me àqueles aos quais se presta ouvidos atualmente? – Somente os dias vindouros me pertencem. Alguns homens nascem póstumos.

As condições sob as quais sou compreendido, sob as quais sou necessariamente compreendido – conheço−as muito bem. Para suportar minha seriedade, minha paixão, é necessário possuir uma integridade intelectual levada aos limites extremos. Estar acostumado a viver no cimo das montanhas – e ver a imundície política e o nacionalismo abaixo de si. Ter se tornado indiferente; nunca perguntar se a verdade será útil ou prejudicial... Possuir uma inclinação – nascida da força – para questões que ninguém possui coragem de enfrentar; ousadia para o proibido; predestinação para o labirinto. Uma experiência de sete solidões.

Ouvidos novos para música nova. Olhos novos para o mais distante. Uma consciência nova para verdades que até agora permaneceram mudas. E um desejo de economia em grande estilo – acumular sua força, seu entusiasmo... Auto−reverência, amor−próprio, absoluta liberdade para consigo...


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O Anticristo

MITOS, LINGUAGEM E SOCIEDADE

Hades – um dos filhos de Cronos (kpovos = tempo): Zeus, Poseidon e Hades. A Hades coube o mundo subterrâneo, a escuridão e a noite. Ao raptar a filha da deusa Deméter, a terra sofreu de uma maldição. Após a maldição de Deméter mais nada produziu a terra. Com a ajuda da esposa de Hermes, acabou-se a maldição.

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MITOS, LINGUAGEM E SOCIEDADE - doc
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